Sou

A minha foto
Portalegre, Portugal
"Sonho que sou alguém cá neste mundo... Aquela de saber vasto e profundo, Aos pés de quem a Terra anda curvada! E quando mais no céu eu vou sonhando, E quanto mais no alto ando voando, Acordo do meu sonho...E não sou nada!..." Florbela Espanca

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O meu Menino Jesus





Parece que foi ontem e já faz hoje um mês que nasceu o meu Rodrigo! O Natal este ano tem um sabor ainda mais doce e  especial :))
Desejo a todos os amigos um Santo Natal, muita saúde para 2012 e a concretização dos desejos mais profundos.

" Bendita seja a data que une todo o mundo numa conspiração de amor"
Hamilton Wright Mabi



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Amado Ser...









"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como
amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos
para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.
Isso mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como?
Não é nosso, recordam-se?
Foi apenas um empréstimo!"


José Saramago








A poucos dias de terminar o tempo de gestação preparo-me para dar as boas vindas ao meu Rodrigo .
Deixo um beijinho a todos os amigos que me acompanharam nestes meses de actividade "bloguista" .
Obrigada por todo o carinho. 
Voltarei....
Até lá : muito amor, muita paz e poesia sempre!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

E sonhar...ainda é gratuito?

Foto de Fernando Batista
http://olhares.aeiou.pt/febat
http://www.fbatistaphoto.smugmug.com



Com as mãos cheias de nada
Entrego-me à noite
Ela conhece-me bem
E sabe depositar em mim
Os sonhos renascidos com a claridade do luar.
Ardem-me os olhos do quente sal de cristal
Adormeço.
Passam horas ou segundos (a)penas
E subitamente desperto...
Pesam-me as mãos, carregadas de ilusões.



Em pleno processo de "ressaca" das brutais medidas de austeridade anunciadas pelo nosso governo, pergunto:
E sonhar...ainda é gratuito?

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"Tenho em mim todos os sonhos do mundo"



Cada vez mais pesada ( mas feliz!)
Afinal carrego em mim todos os sonhos e amor do mundo :-)



As palavras voaram e perderam-se nos céus.
Quisera eu comandar uma nave de nácar e o seu destino seria directo ao teu coração,
local sublime para aterragem de qualquer vocábulo.



Para os meus amores...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Regressando , mas em dose moderada...








Depois de uma semana no norte do nosso país, desfrutando da beleza incomparável do Minho e do Gerês eis-me de volta ao meu não menos querido Alentejo.
Por estes dias acontece no meu concelho mais uma edição da feira de Artesanato e Gastronomia , agora denominada " Festival do Crato".
Inserida no programa surge a exposição do amigo fotógrafo Fernando Batista cujas obras tantas vezes ilustram os meus devaneios literários. Quem puder não perca!


                              "In Profundis" Lento Cântico  no Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa

Parabéns Fernando por mais esta conquista!





quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Aos amigos...




Todos passamos por momentos mais ou menos complicados na vida que nos sugam as forças para aquilo que mais gostamos de fazer. Este verão não tem sido propriamente fácil, mas vai passar, afinal tudo passa: o bom  e o menos bom!
Ando sem energia, sem inspiração, sem motivação. Acho que o corpo reclama férias.
Quero agradecer a todos os que têm mostrado preocupação comigo quer através do blog, quer do facebook. É muito bom sentir o vosso carinho.
Um beijo de muita luz no coração dos que me visitam e que tocam os meus Sentidos.
Bem-hajam.
Voltarei assim que recuperar forças.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Do mar bravo e doutras águas


(Imagem retirada da net)


Mergulho sedenta
nas marés salgadas do teu corpo.
É na imensidão dessas vagas
que me encontro a cada dia.
Prendes-me algas nos cabelos
E soltam-se pérolas da tua língua.
Juntos ouvimos ou sentimos ( já nem sei )
O canto das sereias
Que deslizando entre recifes de coral
levam para as profundezas do oceano
A nossa dança de amor.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Penas


(Imagem retirada da net)


Aconchega-me na tua mão
Sou pássaro ferido,
machucado,
sem asas,
só penas.
Tantas...
Penas desfiadas,
emaranhadas,
enleadas.
Penas tecidas,
urdidas,
vividas,
sentidas.
Afaga-me.
Passa-me a mão pelo corpo frágil e magoado
uma e outra vez
para que as penas se vão
uma a uma
com a brisa do teu respirar
e cresça em mim a esperança
de um dia voltar a voar.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Súplica

(Foto retirada da net)



Tens nos olhos as amarguras de uma vida.
Cada ruga é testemunha de que ela não te foi fácil.
Os teus cabelos, grisalhos e revoltos
São marcas de um tempo que também por ti passou
E que em nada te foi justo ou brando.
Perdeste quem mais amavas e nem isso te fez baixar os braços.
Lutaste . Sempre.
Mas não lutaste para sempre.
Hoje não te reconheces.
Entregas-te à dor.
Deixas o sofrimento tomar conta de ti, em avalanche
Furioso pelos anos em que o tentaste controlar.
De refém, enclausurado em ti, passou a dominador.
Perdeste o brilho e perdes lentamente as forças.
Sem mais saber o que fazer, peço-te:
- Não desistas de ti!


Para minha mãe...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Pontua-me

Foto de LeninhaF
http://leninhaf1.reflexosonline.com
http://olhares.aeiou.pt/leninhafig


Encontro, suspenso, o tempo
Em repetidas reticências
na intensidade do teu olhar.
Ofusca-me essa luz dormente
que me embriaga e obriga a avançar
por entre os pontos e vírgulas
de que é feito o meu caminho.
Sigo pegadas de interrogação
onde se aconchegam todos os medos
E finalmente chego onde só chega
Quem não receia sonhar.
Ancoro na nau do teu corpo e aí se dá a exclamação suprema.
Ponto final

sábado, 2 de julho de 2011

urgência


Rasgo o tempo na pressa de chegar até ti
Pincelo-o de azul
Para que embale meus sonhos
em doces vaivéns de luz e calor.
É assim que quero ficar...
rendida ao calendário do teu olhar,
presa às horas das tuas mãos.


( Imagem retirada da net)

sábado, 25 de junho de 2011

sem tempo...



Amigos
O final do ano lectivo traz com ele mil e uma tarefas que envolvem os professores até "às orelhas" .lol
Estou perdida entre papéis: relatórios, avaliações, pct, pa, pr, aec....enfim...sem tempo!!!
Quero deixar um beijo grande  a todos os que me visitam. 
Esclarecer que o meu bebé ainda não nasceu, será em Novembro se tudo correr bem. É outro rapagão :)))
Confundi alguns com o meu último post ( desculpem), mas aquele poema já estava escrito há algum tempo , nada tem de "biográfico"  hehehehhe.
Por fim deixar para vós mais um carinho que recebi da querida Ma. Visitem o seu espaço, é delicioso:Arte em Cerâmica
Este selo é para ti : Cf, Oa.s, Chica,Verinha, Evanir, Rogério, M., Severa, Ira, Hélio, Wanderley, Vivian, Runa, Ani, Yasmine, Celso, Fernanda (aleatoriamente), Toninhobira, Secreta, Parole, Álvaro, AC, Cátia, Mar Arável, Alê, Sol, Ingrid, Véu de MAya, Outros Encantos, Marly, Edumanes,  Gisa, Jorge, Everson, Carlos, Flor de Jasmim, Sam, Garibaldi, Guará, Henrique, Fred,Nina Pilar, Ives, Sónia Pallone, Xipan Zeca, Dja, Long Haired Lady, Cadinho roco, Rui Pascoal, Majoli, Milene, Nilson, Marilene....
Obrigada!!!
Espero regressar em breve.
vou afundar-me em papéis e já volto!

domingo, 19 de junho de 2011

Brinde à vida

Imagem da net




Ergo a taça
brindo à vida:
-Nasceu!
Quando seus olhos abriu
Um grito rompeu a dor
e entre quatro paredes
enclausurou-se para sempre a solidão.
Ah, nectar de Baco
Não poderias ter outro sabor.
Rubro como plasma
doce como o milagre de existir.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Do estoicismo


Foto de LeninhaF
http://leninhaf1.reflexosonline.com
http://olhares.aeiou.pt/leninhafig


Caminha decidido, olhar firme e cabeça erguida.
Carrega nos ombros o peso de uma vida
que exerce pressão e leva os seus omoplatas até ao chão.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sol


Foto de LeninhaF
http://leninhaf1.reflexosonline.com
http://olhares.aeiou.pt/leninhafig


Porque vens pela manhã
Se é à noite que o meu corpo fenece
e é urgente o teu calor?
Morrem-me no peito as forças:
gélidas, pálidas...
E da boca apenas jorram
resquícios de uma lua sem prata.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Labirinto



Foto de Fernando Batista
http://olhares.aeiou.pt/febat
http://www.fbatistaphoto.smugmug.com


Tento encontrar saída
Neste labirinto onde me perco a cada dia
Mas a geografia do teu corpo é acidentada
E prende-me pés e mãos com amarras de seda,
impedindo-me de avançar.
Que fraca que sou!
Desisto de lutar
E mesmo receando anti-ciclones e depressões
entrego-me plena
neste maremoto de emoções.

domingo, 5 de junho de 2011

Hoje não...

Foto de LeninhaF
http://leninhaf1.reflexosonline.com
http://olhares.aeiou.pt/leninhafig


Hoje não posso escrever
a chuva encolheu-me alma.
Os dedos ficaram enregelados, sem vida.
Foi-se a inspiração arrastada pelo vento.
Hoje não...
o papel desfez-se sob o ácido da água
E a tinta borrou meus olhos.
Hoje não...
As palavras esconderam-se teimosas
atrás de nuvens negras
à espera que passe a tempestade.
Não.
Hoje não.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

(Foto retirada da net)



Nas louras vagas do meu cabelo
Aconchegam-se carícias.
Trazem com elas o brilho dos teus olhos
e o sal de tua boca.
Quero-as adormecidas
para sempre perdidas
entre as cordas frágeis
desta cítara ondulante
que só os  teus dedos afinam.

segunda-feira, 30 de maio de 2011




Longe no tempo
Longe no espaço
Tão perto dos sentidos!
Um turbilhão crescente entre o querer e não querer
Uma indecisão constante entre o dizer ou calar; fazer ou parar!
São confusos os sentimentos:
Vontade de ir mais além;
Medo do desconhecido;
Desejo de mais, quando nada se teve.
Não querer olhar para trás;
Esquecer o sofrimento que matou a ilusão;
Acreditar que o amor pode ser verdadeiro mesmo que não exista.
Fechar os olhos por um momento e crer que a história da vida pode ter um final feliz, como nos contos de
fadas onde o para sempre é real.

domingo, 29 de maio de 2011

(In)certeza




Não posso
Não quero
Não aceito
Eu sou mais eu!!!
E tenho o direito de escolher
O que é melhor para mim...

Ass: A outra



Um bocado cansada dos problemas do blogger, honestamente...Eu e a outra de mim.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Da luz que há em mim

Fui agraciada com mais um convite generoso.
Desta vez navego Entre Marés .http://minhasmares.com.br/2011/05/convidada-sandra-subtil/
Um beijinho Suzana e obrigada de coração.

Quero pedir desculpa a todos pela ausência de comentários da minha parte, mas estou com problemas no blogger. As minhas visitas têm sido silenciosas.
Apenas consigo comentar em alguns blog's, noutros só como anónima ou nem isso. Um beijo para todos.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Crucivida



Mais uma vez
Abençoada.
Tremo de emoção
E sinto-te:
Raio de sol
Nascente
Invadindo todo o meu ser.
Dádiva divina,
Amor
Desmedido,
Eterno.

sábado, 21 de maio de 2011

Tic-tac

Foto de Fernando Batista




Tic-tac, tic-tac

Sinto os dias a avançar
nesta máquina do tempo
tão complexa e indefinida.
Vejo as horas a correr
e mudo as pilhas à ilusão
[Não a quero dormente, é fonte de energia]

Tic-tac, tic-tac
Ouço os minutos a passar
e dou corda às emoções
Seu efeito emoliente
é-me indispensável, crucial
para saborear intensamente
cada segundo que morre
no calendário da vida.


Tic-tac, tic-tac

Tic-tac, tic-tac

Tic-tac, tic-tac

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Nús teus braços

Foto de Fernando Batista
http://olhares.aeiou.pt/febat
http://www.fbatistaphoto.smugmug.com/



Céu maior este que hoje me enfeita
É tecido a ponto luz
e perfumado de jasmim.
Mãos hábeis o urdiram
Numa inspiração sem fim.
As aves debicam suas linhas
frágeis, sedosas e coloridas.
Entrelaçam-nas com o zelo
De quem lambe as suas feridas.
Olho-te.
Nús, os  teus braços.

E aí se desfaz em retalhos
A manta celeste que me cobre.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Sentido obrigatório




Foto de Fernando Batista




"Leva-me à lua"
Murmuras baixinho, quase em silêncio
(Sabes que me arranham no peito
palavras gritadas no sabor da paixão)

" É sempre em frente"
Respondo calada
Com cócegas  na traqueia inflamada.

Prendes o meu hálito entre os teus dedos
e sopras suavemente.
Juntos olhamos as bolas de vida
Que sobem ao espaço destilando desejo.
 


segunda-feira, 9 de maio de 2011

nova estação

Foto de Fernando Batista
http://olhares.aeiou.pt/febat
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Embatem em mim todos os vendavais de Outono.
A alma troveja
E o corpo estremece
tantas as chuvas de Inverno que o assolam.
Ah!
Para quando a doce chegada de madressilvas em flor?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Flor sem pétalas ( reeditado)

( Foto retirada da net )




No som frio do silêncio
Sinto o teu cheiro adocicado.
Chega levemente, de mansinho e tudo invade em redor.
Envolve-me numa suave carícia
E entranha-se na pele
Deixando confusos os sentidos
e parado o coração.
Estagno. Espreito. Procuro.
Rebusco em cada canto
desta casa redonda que é a vida
e aí te encontro:
chuva sem água
lume sem calor
paixão sem amor
céu sem estrelas
Flor sem pétalas.

Como, ainda assim, exalas tanto perfume?


segunda-feira, 2 de maio de 2011


Foto de Fernando Batista
http://olhares.aeiou.pt/febat
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Trago borboletas esvoaçando no peito.
Querem encontrar saída
E nada descobrem.
Espalham pelo meu corpo
Grãos de pólen beliscados nas flores dos teus lábios.
São esvoaçantes, irrequietas, coloridas
E não sei quanto tempo mais
O meu coração aguenta...
Creio que um dia vai explodir.
Então um arco-íris com travo de mel
e cheiro a miosótis
Invadirá o teu jardim.

sábado, 30 de abril de 2011

Obrigada




Coloquei neste blog em Maio de 2010 o meu primeiro post.
Uma brincadeira...(pensava eu)
Estive meses sem voltar aqui e em Janeiro deste ano retomei esta partilha de escritos e sentidos.
Os primeiros comentários e seguidores foram uma surpresa ( beijinho AC e Natural Origin), o que se seguiu uma alegria e fantástica magia.
Tantas amizades descobertas, tantos sonhos viajados aqui e além mar.
Encontrei gente tão boa e a escrever tão bem! Gente de alma e coração maior !
E o mais incrível: muitos deles seguem-me , lêem-me e comentam-me!!!
Obrigada a todos! Tornaram os meus sentidos mais coloridos.
É para vós este selo , este mimo, este beijo.
Um obrigada especial aos meus amigos Helena Figueiredo e Fernando Batista (poetas de imagens) que me facultam generosamente as suas fotos, emprestando um novo brilho às minhas palavras.
A todos : muita  luz, amor  e poesia!

terça-feira, 26 de abril de 2011

As mãos


Imagem retirada da net



Se beberes um dia a luz
que irradia das minhas mãos
Cegarás.
É nelas que carrego
a dor
o sofrimento
a tristeza
a angústia
a insatisfação.
Carrego nelas a minha vida
E os teus olhos não suportarão.
Serão contagiados pelo breu dos meus dias.
Necessitarás então de mãos que te guiem.
Ainda quererás as minhas?

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Na Páscoa, com carinho


Recebi este mimo do amigo Runa do blog seguindooescoardotempo, que aconselho vivamente a todos.
Segundo ele "MEME é uma palavra que vem de mimo, gentileza... uma forma de conhecer melhor o nosso amigo blogueiro".

É sempre agradável receber estas demonstrações de afecto. Obrigada Runa!

As regras, para quem as recebe, são as seguintes:




1 - Indicar 10 blogs (ou mais) para o MEME;

2 - Avisar os indicados;

3 - Escrever e postar 10 coisas que você gosta;



Perdoem-me por não cumprir as regras na sua totalidade, mas é para mim muito dificil escolher 10 de entre todos os que generosamente me acompanham, lêem e comentam.
Por isso, este MEME é para todos os que me visitam e acarinham.
É vosso. 



10 coisas de que eu gosto:



1 – O meu filho

2 – A minha família


3 – Escrever

4 – Ler

5 – Viajar ( nem que seja em sonhos)

6 – Cheiro de terra molhada

7 – Ouvir música

8 – Ver um bom filme

9 – Jogar no Facebook ( tenho os meus vícios, também!)

10- Comer camarões grelhados





Aproveito também para desejar a todos uma Santa Páscoa! Que as amêndoas e os ovos de chocolate não adocem demais os nossos dias fazendo-nos esquecer do verdadeiro significado desta quadra.
Um beijinho para todos.
Bem hajam.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Ferida

Foto de Fernando Batista


Há palavras que ferem
São cruéis, sangrentas
Abrem chagas no coração.

Mas há silêncios
Que se infiltram no olhar
E percorrem todas as veias
Correendo as células,
atingindo em cheio a alma
E aí magoam muito mais.

domingo, 17 de abril de 2011

Mata (d)os medos


Foto de Fernando Batista
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Há naquela mata
Uma clareira escura onde ninguém ousa pisar
Até as aves do bosque recusam aí nidificar.
Nesta eira sem luz, sem cor e sem beira
enclausuram-se receios, encerram-se temores,
arrepia-se caminho com celeridade, evitando olhar para trás.
Fareja-se  a clorofila
egocentricamente
abrem-se narinas e alvéolos
para absorver só para si
pequenos flocos de vida que chegam nas asas da manhã.
E se de repente uma chama ateia esta mata?
Terá o nosso sopro solitário força para a extinguir?

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O dia em que o meu coração começou a bater fora do peito




Olhar nos teus olhos
É sentir um arco-íris de emoções.
Ver um sorriso teu
É ser atingida por flechas embebidas de amor e gratidão.
Limpar as tuas lágrimas
É guardar preciosas pérolas
Entre os meus dedos.
Receber o teu abraço
É ter o mundo inteiro nas minhas mãos.
Ouvir a tua voz
É degustar a mais doce melodia
de coros angelicais.
Sentir o teu cheiro
É arder em fogueiras de alecrim.
Meu filho!
No dia em que tu nasceste
O coração saiu-me do peito
Mas vê lá bem a ironia
Só aí começou a existir vida em mim.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Do Fogo que em mim corre

Fui convidada pelo amigo Garibaldi para participar no seu Rosários de Fogo, por isso desta vez poderão encontrar-me em http://versosdefogo.blogspot.com/2011/04/do-fogo-que-em-mim-corre.html
Mais do que um prazer foi uma honra ter sido agraciada com este convite.
Bem hajas Garibaldi pela tua generosidade!

domingo, 10 de abril de 2011

Neva no Inferno


Foto de Leninhaf
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Haverá maior inferno que o coração dos homens?
Porque chora quando deve rir
E canta em vez de chorar?
Porque diz sim quando se espera negação?
E é fraco quando barreiras devia  quebrar ?
Ah! Inferno este
Que tudo inflama e queima em redor.
É tormento na Primavera
É vulcão em pleno Verão
Não dando descanso ao corpo fraco
Que o carrega com esgares de dor.
Afinal (e que esquisito)
Também neva no Inferno
e a  culpa é dessa coisa
A que decidiram chamar Amor.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Teia proibida


(imagem retirada da net)


Ficam suspensos os desejos
Como aracnídeos depois de arduamente tecerem suas teias,
Perfeitas abcissas da Natureza.
Espreitam vigilantes à espera de presa
Ansiosos por enredá-la em urdiduras engenhosas de emoção.
Espalham um doce veneno que corrompe as nervuras do ser
Mas...
Engolem-se os anseios,
Deglutem-se com desespero.
O esófago queima à passagem da peçonha.

Estóica, sorri!
Não lhe pertencia aquela maçã.
Resistira.

domingo, 3 de abril de 2011

Há saudade...

Foto de Fernando Batista
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Espreito à janela da saudade
E vejo nuvens pintadas a negrito.
Inspiro sofregamente!
Há no ar cheiro a terra molhada.
Gotas grossas de água atingem-me o rosto.
Impulsivamente, encerro as vidraças.
(Esquecera-me que não sou imune à batega)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Cidade nua

Foto de Fernando Batista
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A cidade continua nua
As suas vestes rasgaram-se com o rigor dos invernos
E os pedaços de trapo que sobraram desfizeram-se
Sob o ácido do sol nos dias quentes de verão.
Procuro ainda marcas da Primavera que gravavas em cada rua
Mas nada sobejou.
As estátuas permanecem sem vida
à espera do calor do teu olhar...
Nesta cidade me perco
Apenas sentindo o seco estalido
Das folhas que meus pés errantes pisam sem ouvir.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Na noite...

Foto de Leninhaf
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Espirais de fumo que se evolam no ar
como medos desfeitos na pressa de ousar.
Entranha-se o cheiro
Na pele, no cabelo
Depurando a alma, num subtil desvelo.
É este o ritual que me chama até ti
É este o sinal que também a tristeza sorri.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Quod facis, fac citius


Foto de Fernando Batista
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Na hora em que as bocas se unem
No minuto em que as línguas se tocam
O coração pára por um segundo.
Estranhas as sensações sempre novas e sumarentas
Que me invadem numa inaudível explosão.
Os teus olhos têm o brilho de pólvora
E é neles que me perco por tempo indefinido
Até que o rastilho preso entre os teus dedos
De novo se acenda
E o mundo se desfaça
em estilhaços de dor e prazer.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Porque escrevo?

Foto de Fernando Batista
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Escrevo para expurgar fantasmas
Para matar o medo
e rasgar a dor.

Escrevo para esventrar a saudade
Dissecar o desejo
e enaltecer o amor.

Escrevo para renovar sonhos
Acordar a esperança
e quebrar a solidão.


Escrevo para me depurar
Para acalmar a alma
e pintá-la de novas cores.

Escrevo por mim e para ti!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sob a noite

Foto de Leninhaf
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Guardo sob a noite, suas lembranças.
Doces, e tanto,
que me afloram, sonhos, amores,
entre noites...



As estrelas são testemunhas
desta recordação que me invade.
Pois minhas lágrimas atingem-nas
emprestando brilho à luz que delas emana.
E assim permaneço...
Num doce embalo de suspiros
a que só posso chamar saudade.



Pudesse ora, fugir.
Mas tua imagem é forte,
perturba-me, roda sobre a cabeça.
Nem que precise rasgar o tempo,
e fazê-lo retroceder
Apenas para lhe dar um beijo,
Num ensolarado entardecer...




Sandra Subtil e Helio Rocca

terça-feira, 15 de março de 2011

Rumo aos sentidos

Foto de Leninhaf
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Caminho trôpega por trilhos agrestes
Na ânsia de chegar
Onde nenhum pássaro ainda ousou fazer ninho.
É esse o meu lugar!
E eu que não tenho bússola
Eu que sou arrastada pela monção
Não desisto.

Vejo o amor a nascente
Pressinto o prazer no ocaso
Mas a paz...

Ah! A paz.
Essa está para além de qualquer direcção
e nenhum mapa a tem assinalada.
Contudo
é ela o meu Norte.

domingo, 13 de março de 2011

Cabra- cega




-Cabra-cega
Cabra-cega
De onde vens?

-Venho do fim do mundo
Onde não chega a luz,
Só a dor!

- Cabra-cega
Cabra -cega
Trazes pão e canela?

-Trago a fome entranhada nas retinas
E o cheiro fétido de corpos moribundos entrosado na minha alma.

-Cabra-cega
Cabra-cega
Quantas voltas te vou dar?

-O meu corpo ainda balança
Na náusea da revolta.
Uma volta que dês
Far-me-á regurgitar o sangue que vi derramar.

- Mas, cabra-cega...
Assim não poderás jogar...

-Pois não. E a culpada és tu, puta de vida!




(Imagem retirada da net)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Nós

Foto de Leninhaf
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Dissipa os nós que na garganta me arranham
Para que soltas as palavras possam brotar.
Despedaça os nós que nas falanges me ferem
Para que minhas mãos voem no céu do teu corpo.
Destrói os nós da dura madeira de que sou feita
Para que a seiva possa sem obstáculos escorrer.
Desfaz os nós que me amarram ao cais
e deixa-me ir ao sabor da maré.
Mas nunca, por nada
Dissolvas o Tu e o Eu.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Fragilidades




Já não sou a leoa feroz
Que rugia alto e selvagem
Hoje sou gata mansa
Que ronrona baixinho, num sopro.

Já não sou rosa silvestre
Que desbravava o mato espalhando seu aroma
Hoje apenas sou espinho
Seco, duro e traiçoeiro.

Já não sou fogo incandescente
Que inflamava tudo em redor
Hoje sou cinza arrefecida
Poeirenta, inútil e só.

Já não sou a dominadora
Que comandava todas as batalhas
Hoje levanto a bandeira branca
e procuro sempre o último lugar da fila.

Já não sou o rochedo sólido
Imune até à erosão
Hoje sou grão de areia
Que incomoda no sapato.

Já não sou a actriz principal
Que abraçava o palco e recebia aplausos
Hoje sou marioneta esquecida
À espera que me dêem vida.

Vês como tudo se transforma?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Pauta Imperfeita



Foto de Fernando Batista





Vi-os por acaso!
Olhava melancólica o horizonte
Pensando no que a vida me roubava.
Tantas coisas por fazer
...E o tempo cada vez mais voraz,
Galgando as fronteiras do limite
e prendendo-me as mãos.

De repente, vi a mancha negra!

Confesso-te que me assustou.
era quase um presságio de morte anunciada.
O seu movimento era compassado
mais que isso tresloucado!
Como miúdos travessos
Num jogo de futebol imaginário.
Iam e vinham numa viagem precisa
Entre sucessões coerentes de sons e silêncios.
Recordei-me quando me dizias:

" Vou compor para ti a mais bela melodia!"

E o bando aproximou-se.
Em frente de mim estagnou.
Cada alma de pássaro se instalou como por magia
Transformando-se em notas pontuadas numa pauta imperfeita
Que defronte da janela havia.
A melodia começou.
Pianíssimo.

Senti-te outra vez dentro de mim.
Afinal mesmo definhando no leito
A promessa fora cumprida.
Tenho a certeza:

Era tua e só para mim aquela invulgar sinfonia.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Quando...



Quando a alma pede
E o peito se abre
Tu voas em mim!
Por dentro me nutres
Por fora me esculpes
Com tuas asas celestes
Que me gravam na pele
Cheiro a jasmim.




(Foto retirada da net)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Apelo


Foto de Fernando Batista


Quando te disser:
"Sou galho seco,
Flor sem pétalas,
solo infértil"
Não acredites!
Ouve-me ao contrário
E faz brotar a Primavera
Que há em mim adormecida.



terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Avidez



Lânguida
Nua
Entorpecida
Fixa o lençol amarrotado
Onde preso ficara o prazer.

Nas vidraças da janela
Escorrem ainda gotas de volúpia
e paira no ar uma silenciosa melodia
composta por plangentes gemidos.

Sôfrega suspira:
"Onde foste, tocador de sonhos?
Vem tomar-me em teus braços
E solta na minha pele notas por inventar,
existentes muito para além da escala musical".



(Foto retirada da net) 

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Devolve-me a vida




Sou comandado por vozes inaudíveis
Sei que não as ouves.
Só a minha cabeça as sente:
Gritos no silêncio.
olho em redor e nada é igual...
Quero ser o homem que já fui
Mas não sou nada.
Habitam em mim seres monstruosos
que me ordenam e ditam:
" Não és nada!"
E eu obedeço-lhes.
As mãos não as tenho
As pernas não as sinto.
Eu bem as agito
Mas elas não estão lá.
São eles que me fazem mover.
Eles, sempre eles.
Porque entraram em mim?
Porque deixaste que entrassem?
Fura-me os olhos
Abre-me o peito
Arranca-os já!
Eu bem queria estar só
Mas eles estão sempre aqui
Não me largam
Não me deixam
Não se calam
Nem consigo abrir  a boca
Para pedir socorro
(eles coseram-me os lábios)
Por isso é o meu olhar
que grita agora no silêncio e pede:
Devolve-me a vida!




Meu querido irmão, não tenho a cura da tua doença
Só o meu amor para te dar.



( Foto retirada da net)