"Sonho que sou alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!
E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quanto mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho...E não sou nada!..."
Florbela Espanca
Mais um dia, mais um ano e tu tão longe de mim. Separa-nos a distância entre o céu e a terra. Mas a tua memória vive em mim, meu Pai. Como me lembro do afago das tuas mãos nos meus cabelos! Dos teus braços fortes envolvendo-me num abraço. Como me recordo das histórias que me contavas e que tanto me faziam sonhar. Mas a morte traiu-nos. Não te deixou ver tanta coisa. Ah Pai! Como te faltou tempo.... Tempo para me veres realizar os sonhos de menina. Tempo para conheceres e brincares com os teus netos... Não invejo riquezas.nem luxos . nem bens... Mas como dói ver avôs com seus netos E pensar que os meus filhos nunca terão essa oportunidade mágica de voar sem asas no aconchego do amor que só tu poderias dar. Mais um dia, mais um ano e tu tão longe de mim.
Tão longe? Talvez não, afinal moras bem bem aqui no meu coração.
Meus amigos, desculpem-me a ausência nos vossos blog's. Falta-me o tempo e vence-me o cansaço. A minha licença de maternidade terminou e o regresso ao trabalho não tem sido propriamente fácil. São duas horas diárias de deslocação, resultantes de uma colocação a 80 km 's de casa. Acresce todo o trabalho de preparação de aulas, correcção de trabalhos , reuniões, etc. Vou passar a publicar uma vez por semana e tentarei visitar os amigos nesse intervalo de tempo.
Voa gaivota, Voa. Beija docemente os lábios do mar E conta-lhe os sonhos que trago comigo. Abraça levemente o corpo das rochas E segreda-lhes as alegrias que carrego em mim. Voa gaivota, voa. E nesse voo de liberdade Que só tu conquistas Grita ao vento o quanto luto para ser feliz.