Imagem retirada da net
Na hora em que as bocas se unem
No minuto em que as línguas se tocam
O coração pára por um segundo.
Estranhas as sensações sempre novas e sumarentas
Que me invadem numa inaudível explosão.
Os teus olhos têm o brilho de pólvora
E é neles que me perco por tempo indefinido
Até que o rastilho preso entre os teus dedos
De novo se acenda
E o mundo se desfaça
em estilhaços de dor e prazer.
in Erotismus, Impulsos e Apelos
Foto de Simona Andrei
Chovem os meus olhos
Nas madrugadas tristes e frias.
Rios transbordantes de águas fecundas de solidão.
Chovem os meus olhos
Nas manhãs salpicadas de rubro
Quando a secura da saudade
Geme dilacerante no peito.
Chovem os meus olhos
Nas noites amadurecidas, perdidas
Dolorosamente sentidas.
Chovem os meus olhos
Por entre o nevoeiro denso de mim.
Chovem. Bátegas salgadas por ti.