Sou
- Sandra Subtil
- Portalegre, Portugal
- "Sonho que sou alguém cá neste mundo... Aquela de saber vasto e profundo, Aos pés de quem a Terra anda curvada! E quando mais no céu eu vou sonhando, E quanto mais no alto ando voando, Acordo do meu sonho...E não sou nada!..." Florbela Espanca
domingo, 17 de abril de 2011
Mata (d)os medos
Foto de Fernando Batista
http://olhares.aeiou.pt/febat
http://www.fbatistaphoto.smugmug.com/
Há naquela mata
Uma clareira escura onde ninguém ousa pisar
Até as aves do bosque recusam aí nidificar.
Nesta eira sem luz, sem cor e sem beira
enclausuram-se receios, encerram-se temores,
arrepia-se caminho com celeridade, evitando olhar para trás.
Fareja-se a clorofila
egocentricamente
abrem-se narinas e alvéolos
para absorver só para si
pequenos flocos de vida que chegam nas asas da manhã.
E se de repente uma chama ateia esta mata?
Terá o nosso sopro solitário força para a extinguir?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Será que terá?
ResponderEliminarTalvez.
Bj.
:) Vários sopros solitários? Em conjunto...:)
ResponderEliminarCuriosas as temáticas dos teu poemas...Não estranhas...Mas curiosas:)
Lindo demais o seu poema, Sandra!
ResponderEliminarFiquei em silêncio imaginando a mata suplicar pelas manhãs orvalhadas...
Quando a chama ateia a mata, a mata clama pelas asas do voar...
Beijos
São precisos vários deles pra extinguir...LINDO! beijos,ótimo domingo,chica
ResponderEliminarO medo e o assombro é projectado por cada um, de modo pessoal. Talvez em conjunto se consiga muito mais.
ResponderEliminarbeijo
oa.s
Pelo que aqui me dizes
ResponderEliminarPoeta
Que não se salve tal mata
pois que mata
arvoredo
inspira medo
sacode as aves
fustiga a luz
e espalha a escuridão
onde devia existir clareira
Se tal chama se atear
Que se altere a maneira
e o sopro solidário
soprando ao contrário
pois é hora de arder
Que fazer dos pequenos flocos de vida
que chegam nas asas da manhã?
Na verdade não sei
Apenas se irá confirmar
que a história se escreve com vítimas
e que as saberemos chorar
há ali, um mistério pousado por entre as nuvens
ResponderEliminarpor entre os vãos que o céu tece
em cada versos em cada voo
de cada ave que nega pousar
no (des)conhecido berço dos dias.
Que beleza, Sandra.
Meu carinho
Samara Bassi.
Minha querida
ResponderEliminarSão precisos tantos sopros solitários, para se extinguir esse incêndio.
Beijinho com carinho
Sonhadora
nossa... lindo.
ResponderEliminarsenti um aperto no peito.
=)
bjsmeus
se todos juntos soprarmos..
ResponderEliminarbelos versoso querida Sandra..
beijos e boa semana..
Oi Sandra,
ResponderEliminarSerá que se deixarmos as chamas incendiarem a nossa mata interior, as labaredas não levem nossos medos, receios, angústias, solidão para longe de nós... Assim podendo renascer do nada, o novo....
Quem sabe???
Beijos
Ani
Bom dia,Sandra!!
ResponderEliminarNossa!Fiquei arrepiada ao ler!
Um sopro solitário não pode fazer muito mas se receber reforços pode muito!
**Me fez pensar no medo...é um dos maiores obstáculos na vida do ser humano.Por medo de perder, deixamos de ganhar...
Por medo de falhar,nem tentamos...
É como no seu poema...por medo ninguém passa por lá... Mas fugir do medo só o torna maior!
Ih!Viajei!
Beijos pra ti!!
Tenha uma semana iluminada!
Ah! Adorei a imagem!!
ResponderEliminarÀs vezes, só as vezes desejamos o fogo
ResponderEliminarLindíssimo poema, Sandra
Gostei ! =)
ResponderEliminarvarios, talvez!
ResponderEliminarOlá querida!
ResponderEliminarlindo,emocionante...!
parabens!
um abraço querida!
Minha querida
ResponderEliminarComo sempre lindo...emoção à flor da pele, adorei e deixo um beijinho com carinho.
Sonhadora