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"Sonho que sou alguém cá neste mundo... Aquela de saber vasto e profundo, Aos pés de quem a Terra anda curvada! E quando mais no céu eu vou sonhando, E quanto mais no alto ando voando, Acordo do meu sonho...E não sou nada!..." Florbela Espanca

domingo, 17 de abril de 2011

Mata (d)os medos


Foto de Fernando Batista
http://olhares.aeiou.pt/febat
http://www.fbatistaphoto.smugmug.com/



Há naquela mata
Uma clareira escura onde ninguém ousa pisar
Até as aves do bosque recusam aí nidificar.
Nesta eira sem luz, sem cor e sem beira
enclausuram-se receios, encerram-se temores,
arrepia-se caminho com celeridade, evitando olhar para trás.
Fareja-se  a clorofila
egocentricamente
abrem-se narinas e alvéolos
para absorver só para si
pequenos flocos de vida que chegam nas asas da manhã.
E se de repente uma chama ateia esta mata?
Terá o nosso sopro solitário força para a extinguir?

18 comentários:

  1. :) Vários sopros solitários? Em conjunto...:)


    Curiosas as temáticas dos teu poemas...Não estranhas...Mas curiosas:)

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  2. Lindo demais o seu poema, Sandra!

    Fiquei em silêncio imaginando a mata suplicar pelas manhãs orvalhadas...

    Quando a chama ateia a mata, a mata clama pelas asas do voar...

    Beijos

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  3. São precisos vários deles pra extinguir...LINDO! beijos,ótimo domingo,chica

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  4. O medo e o assombro é projectado por cada um, de modo pessoal. Talvez em conjunto se consiga muito mais.
    beijo
    oa.s

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  5. Pelo que aqui me dizes
    Poeta
    Que não se salve tal mata
    pois que mata
    arvoredo
    inspira medo
    sacode as aves
    fustiga a luz
    e espalha a escuridão
    onde devia existir clareira
    Se tal chama se atear
    Que se altere a maneira
    e o sopro solidário
    soprando ao contrário
    pois é hora de arder
    Que fazer dos pequenos flocos de vida
    que chegam nas asas da manhã?
    Na verdade não sei
    Apenas se irá confirmar
    que a história se escreve com vítimas
    e que as saberemos chorar

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  6. há ali, um mistério pousado por entre as nuvens
    por entre os vãos que o céu tece
    em cada versos em cada voo
    de cada ave que nega pousar
    no (des)conhecido berço dos dias.
    Que beleza, Sandra.
    Meu carinho
    Samara Bassi.

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  7. Minha querida

    São precisos tantos sopros solitários, para se extinguir esse incêndio.

    Beijinho com carinho
    Sonhadora

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  8. nossa... lindo.
    senti um aperto no peito.



    =)
    bjsmeus

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  9. se todos juntos soprarmos..
    belos versoso querida Sandra..
    beijos e boa semana..

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  10. Oi Sandra,


    Será que se deixarmos as chamas incendiarem a nossa mata interior, as labaredas não levem nossos medos, receios, angústias, solidão para longe de nós... Assim podendo renascer do nada, o novo....

    Quem sabe???


    Beijos

    Ani

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  11. Bom dia,Sandra!!

    Nossa!Fiquei arrepiada ao ler!
    Um sopro solitário não pode fazer muito mas se receber reforços pode muito!
    **Me fez pensar no medo...é um dos maiores obstáculos na vida do ser humano.Por medo de perder, deixamos de ganhar...
    Por medo de falhar,nem tentamos...
    É como no seu poema...por medo ninguém passa por lá... Mas fugir do medo só o torna maior!
    Ih!Viajei!
    Beijos pra ti!!
    Tenha uma semana iluminada!

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  12. Às vezes, só as vezes desejamos o fogo

    Lindíssimo poema, Sandra

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  13. Olá querida!

    lindo,emocionante...!
    parabens!
    um abraço querida!

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  14. Minha querida

    Como sempre lindo...emoção à flor da pele, adorei e deixo um beijinho com carinho.

    Sonhadora

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"A poesia é o sentimento que sobra ao coração e sai pela mão."
(Carmen Conde)